7 de agosto de 2009

Photobucket

Minha Gueixa

Eis me aqui, e a ti...
Entrego o meu corpo
Viciado pelas carícias
De suas mãos profissionais.

Deleito-me com fresco do seu corpo
Junto ao meu, inebrio-me,
Que envolto aos óleos sensuais
E no seu perfume de mulher,

Embriago-me.

Dela, imagem extraída dos meus sonhos
Que manipulando com destreza,
Os mais recônditos órgãos do meu ser
Grita o meu íntimo, querendo prazer.

Em alguns minutos, o êxtase.
Nervos e músculos em fadiga
O que factível, feito, com zelo,
Sem pressa, sem medo, sem amor.

Nesse confronto de peles e véus
Dando prioridade ao meu bem estar
Ela entrega-se a mim sem queixa,
Eu, seu senhor. Ela minha musa seminua.

Disposta ao prazer sem amor,
Mais que servil, enternecendo o ato.
Ela toda em mim, dominando-me
Eu, um mero expectante do gozo.

Sem delir o elo,

Do óleo,
Do olho no olho,
O ato,
Do homem,
E uma mulher.

Acordo exausto.

Já de pé aos meus pés.
Vestida dos véus,
Minha gueixa, minha puta,
Recebe sua paga.
Despede-se mim dizendo:

Foi bom pra você?

José Silveira

Nenhum comentário: